LOS ANGELES (Reuters) - Os Estados Unidos apresentaram na sexta-feira uma longa lista de medidas para enfrentar a crise de imigração, com o presidente Joe Biden e outros líderes mundiais preparados para emitir uma declaração conjunta em uma conturbada Cúpula das Américas.
A Casa Branca divulgou uma série de programas acordados entre os países do hemisfério e a Espanha -- que participou como observadora -- que incluem receber mais trabalhadores convidados e fornecer caminhos legais para pessoas de países mais pobres trabalharem nos mais ricos.
O governo Biden, que lida com um fluxo recorde de imigrantes ilegais na fronteira ao sul, prometeu centenas de milhões de dólares em auxílio a imigrantes venezuelanos na região, um novo processo de vistos familiares para cubanos e haitianos e contratação facilitada de trabalhadores da América Central.
Os anúncios no último dia da cúpula em Los Angeles fazem parte de um pacto liderado pelos EUA, batizado de "Declaração de Los Angeles" e buscam criar incentivos para os países receberem um alto número de imigrantes e os espalharem de maneira responsável pela região. Mas alguns analistas políticos estão céticos de que as promessas, algumas aparentemente muito simbólicas, serão suficientes para fazer uma diferença significativa.
O plano encerra uma cúpula sediada por Biden que tinha o objetivo de reafirmar a liderança dos EUA e se opor à presença econômica cada vez maior da China na região com uma série de iniciativas como uma nova parceria econômica que parece ser um projeto ainda em andamento.
Essa mensagem, no entanto, foi ofuscada por um boicote parcial de líderes, caso do presidente do México, em protesto à exclusão de países de esquerda antagonistas dos norte-americanos como Cuba, Venezuela e Nicarágua, por Washington.