As agências de inteligência dos Estados Unidos obtiveram informações sobre um plano iraniano para assassinar o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump antes do atentado do último sábado, informou a mídia americana nesta terça-feira (16/07). Devido à ameaça iraniana, o Serviço Secreto aumentou as medidas de proteção a Trump.
A emissora CNN foi quem divulgou a informação primeiro, baseada em fontes da inteligência americana. De acordo com as autoridades ouvidas por agências de notícias, o complô iraniano não tem vínculo com a tentativa de assassinato de Trump ocorrida no sábado em um comício em Butler (Pensilvânia), quando um jovem de 20 anos disparou contra o ex-presidente, ferindo-o na orelha e matando um dos participantes do evento.
Embora não haja nenhuma ligação aparente, no momento do ataque de sábado, o Serviço Secreto já havia reforçado a segurança do ex-presidente justamente por causa dessas ameaças do Irã, disseram as fontes, em condição de anonimato.
A missão do Irã na ONU chamou as acusações de "sem fundamento e maliciosas".
Vingança por morte de Soleimani
A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson, disse que as autoridades têm monitorado as ameaças iranianas contra funcionários do governo Trump há anos, desde o último governo.
Trump ordenou o assassinato em 2020 de Qassim Soleimani, que liderava a Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. "Essas ameaças surgem do desejo do Irã de buscar vingança pela morte de Qassim Soleimani. Consideramos isso uma questão de segurança nacional e interna da mais alta prioridade", disse Watson.
O Serviço Secreto dos EUA e a campanha de Trump foram informados sobre esta última ameaça, o que levou a um aumento de recursos e ativos, segundo as autoridades.
Entretando, os recursos adicionais não impediram o ataque de sábado na Pensilvânia. Watson disse que não foram identificados vínculos entre o atirador do comício "e qualquer cúmplice ou co-conspirador, estrangeiro ou nacional".
md (EFE, AP)