Notícias

EXCLUSIVO: "Nós não compramos a vacina porque o Brasil não quis", afirma Omar Aziz

Presidente da CPI diz ser contra depoimento de Bolsonaro, mas explica que convocação de governadores abre caminho para isso

Da redação com BandNews TV

O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM) disse em entrevista à BandNews TV que já existem indícios de omissão do governo no combate ao coronavírus: "Nós não compramos a vacina porque o Brasil não quis".

O senador afirmou que o presidente foi induzido pelo assessoramento paralelo, citado por Mandetta, a focar a atenção em outras medidas e negligenciou a compra de vacinas. "O presidente apostou no tratamento precoce, na imunidade de rebanho", disse ele.

Nós não compramos a vacina porque o Brasil não quis

Aziz também lembrou o depoimento de Pazuello, que afirmou que pouco encontrava Bolsonaro, no máximo uma vez por semana: "Nós estamos numa guerra, não existe nada mais importante nesse momento. O presidente tinha que ter mudado para o Ministério da Saúde. Em vez de ficar passeando de moto, em vez de ficar naquele cercadinho ofendendo as pessoas, mandando a 'mãe comprar vacina', ele tinha que pegar o telefone e dizer 'Biden, é o Bolsonaro aqui do Brasil. Eu estou precisando comprar vacina'".

O presidente apostou no tratamento precoce, na imunidade de rebanho

Convocação de Bolsonaro

O presidente da CPI afirmou ser contra a convocação de Bolsonaro, mas explicou que ao insistir em ouvir governadores os senadores governistas abriram caminho para essa possibilidade. "Se os governadores podem vir, o artigo da Constituição que proíbe a convocação de presidente, governadores e ministros do Supremo é a mesma", disse ele se referindo ao requerimento de Randolfe Rodrigues.

Os governadores podem ir ao Supremo para não terem que prestar depoimento na CPI e existe precedente para conseguir o pedido.

Nós estamos numa guerra, não existe nada mais importante nesse momento. O presidente tinha que ter mudado para o Ministério da Saúde

Aziz também falou que não deve pautar a convocação de Carlos Bolsonaro. Para ele, mesmo com a presença do vereador em uma reunião com representantes da Pfizer, não há indícios de que ele tenha participado ativamente ou influenciado na tomada de decisões. O senador, mesmo divergindo do presidente em muitos assuntos, acredita que um depoimento de Carlos seria como uma perseguição a Bolsonaro: "Eu divirjo do presidente em muitas coisas que ele faz, aquele passeio de motoqueiros do apocalipse no momento em que chegamos a mais de 450 mil mortes (...) O presidente não usa máscara no Brasil, mas chega no Equador ele coloca uma máscara".

Assista à entrevista completa:

Tópicos relacionados