O FDA – agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, equivalente à Anvisa no Brasil – autorizou nesta segunda-feira (3) a aplicação da dose de reforço da vacina da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 em adolescentes de 12 a 15 anos.
A agência também decidiu diminuir o intervalo entre a segunda e a terceira doses para cinco meses. Com isso, cerca de 5 milhões de adolescentes já poderiam receber a dose adicional para pessoas a partir dos 12 anos. A FDA ainda autorizou a aplicação do reforço em crianças de 5 a 11 anos com a imunidade comprometida.
Um comitê do governo americano se reúne nesta quarta (5) e deve referendar a decisão da agencia imediatamente para iniciar a distribuição de mais imunizantes para a vacinação desses jovens.
Os dados da vacinação fornecidos pelo Ministério da Saúde de Israel e as evidências de mais de 6.000 adolescentes que receberam a dose da Pfizer foram analisados pela agência. Segundo o órgão, o imunizante adicional melhora a proteção contra as variantes Delta e Omicron.
A decisão acontece em meio ao aumento de casos de Covid-19 nos Estados Unidos e no mundo, graças à disseminação da variante ômicron, que beirava os 60% dos novos diagnósticos no país até o Natal. Somente no último domingo (2), foram 286.621 novos casos da doença.
Combinado com o mau tempo do inverno, o aumento de casos fez com que 3.700 voos fossem cancelados no país - no final de semana do réveillon, mais de 8 mil voos foram cancelados em todo o mundo, superando os números do Natal. Várias escolas e universidades adiaram o reinício presencial para as aulas, ministrando o ensino online. Várias empresas também voltaram a adotar o trabalho remoto.
No Brasil, a dose de reforço só é permitida aos maiores de 18 anos.