Forças Armadas evitaram golpe no dia 8 de janeiro, diz ministro da Defesa

José Múcio saiu em defesa das Forças Armadas após Mauro Cid citar conversa de Bolsonaro com militares sobre golpe

Da Redação com BandNews TV

O ministro da Defesa, José Múcio, saiu em defesa das Forças Armadas após Mauro Cid afirmar em delação que Jair Bolsonaro falou sobre golpe com militares. Para ele, foram as três corporações que evitaram uma possível trama golpista. 

“A verdade, cada dia está mais comprovado, é que devemos às Forças Armadas a manutenção da nossa democracia. São as Forças Armadas que evitaram o golpe do dia 8 (de janeiro)”, informou o ministro da Defesa, José Múcio. 

Ao ser questionado sobre a participação das Forças Armadas, Múcio fez uma comparação com o futebol. “Às vezes você vai para um jogo e tem um jogador indisciplinado, o juiz tira ele do jogo, isso não significa dizer que o time é indisciplinado, o time é bom. A minha avaliação é que as Forças Armadas estão do lado da Constituição”, pontuou. 

Delação de Mauro Cid

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, afirmou em delação que testemunhou um encontro entre o ex-presidente e os comandantes das Forças Armadas. Nesse encontro, segundo ele, Bolsonaro consultou os líderes dos militares sobre um possível golpe no país. 

De acordo com apuração da Band, o general Marco Antônio Freire Gomes, do Exército, foi contra a proposta. O brigadeiro Baptista Júnior, da Aeronáutica, também se mostrou contra o golpe. 

Porém, o comandante da Marinha, Almirante Almir Garnier Santos, teria se colocado à disposição. Ainda segundo a delação de Mauro Cid, Bolsonaro avaliou que só o apoio da Marinha não seria o suficiente. 

Na reunião em questão, uma minuta de golpe teria sido apresentada por Bolsonaro, onde estavam previstas novas eleições e prisão de adversários do então presidente. A minuta seria a mesma encontrada na casa do ex-ministro da justiça, Anderson Torres.

O que dizem as defesas de Cid e Bolsonaro?

Procurada, a defesa de Mauro Cid emitiu uma nota em que diz que “não tem os referidos depoimentos, que são sigilosos, e por essa mesma razão não confirma seu conteúdo”, escreveu. 

Já a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, também em nota, disse que: “Não temos ciência dessas declarações”.

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