Francês acusado de ofensas racistas a porteiro presta depoimento

Gilles David Teboul teve o passaporte apreendido

Primeiro Jornal

O médico francês acusado de agredir e fazer xingamentos racistas a um porteiro prestou depoimento na noite de quinta-feira (7) na delegacia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Mais testemunhas também foram ouvidas. Gilles David Teboul havia faltado ao primeiro depoimento, marcado na terça (5).

Reginaldo Silva de Lima acusa o francês de agressão e racismo e já prestou dois depoimentos. O francês teria chamado Reginaldo de “preto, fedorento e macaco” enquanto a vítima trabalhava no edifício.

Segundo as investigações, as agressões aconteceram simplesmente porque a porta do elevador estaria aberta. Na mesma hora da confusão, a Polícia Militar foi acionada. Ainda na presença das autoridades, o francês continuou alterado.

O porteiro teve que se afastar do trabalho por três dias após o episódio, pois não conseguia comer nem dormir. Pelas imagens divulgadas até o momento, é possível perceber que a vítima não reagiu aos ataques.

Passaporte retido

Gilles Davi nega as acusações. 

Em depoimento à Polícia Civil, uma testemunha afirmou que o suspeito tem o hábito de viajar à França a cada seis meses. Como uma dessas viagens que estava agendada foi antecipada, a polícia solicitou a retenção do passaporte, e ele está proibido de deixar o Brasil.

Gilles é investigado pelos crimes de ameaça, lesão corporal e injúria racial. 

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