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Gasolina cara? Veja como o preço do combustível varia pelo mundo

Gasolina cara? Veja como o preço varia pelo mundo

Da Redação, com Jornal da Band

A Petrobras voltou a reajustar o preço dos combustíveis e do gás de cozinha nesta segunda-feira (2), pela quinta vez neste ano. Os aumentos atingem os preços cobrados na venda para as distribuidoras e valem a partir desta terça. 

O preço final na bomba, que chega ao seu bolso, vai variar conforme o ponto de venda. 

O barril de petróleo, que é cotado em dólar, tem o mesmo preço em todo o mundo? O combustível lá fora varia como aqui? Entenda na reportagem do Jornal da Band (assista acima).

Estamos falando da principal commodity do mundo, ou seja, o produto que mais interfere na economia do planeta. E ela tem dois problemas: o preço e a variação. Em Lima (Peru), o preço da gasolina corresponde a R$ 5,40. Em Santiago (Chile), R$ 6,45. Paris (França), R$ 9,78. 

O principal motivo é o imposto. Onde a carga tributária é menor, como nos Estados Unidos, o combustível fica mais barato. Nos países que tributam mais as fontes de energia poluentes, como ocorre na Europa, o preço final fica mais alto. No Brasil, estamos no meio termo. 

Tem outros fatores: o preço é pressionado pra quando o governo subsidia uma parte da produção, como ocorre em alguns países da África e Oriente Médio. Além disso, quando o país é um grande produtor de petróleo, ele tende a segurar os reajustes. E, por incrível que pareça, isso vale para o Brasil, que tem um preço de combustível abaixo da média mundial. 

O preço médio da gasolina no mundo hoje é de R$ 5,96 por litro. No Brasil, está mais barato: R$ 4.92. Na lista com quase 170 países, estamos na posição 55. 

Em primeiro lugar, com a gasolina mais barata, está a Venezuela: apenas R$ 0,11, mas não dá para levar em conta porque o combustível por lá é muito subsidiado pelo governo e a moeda local está muito desvalorizada. Depois vem Irã (R$ 0,33), grande produtor de petróleo, e Angola (R$ 1,34), onde o governo dá muito subsídio. 

A gasolina mais cara está na Holanda (R$ 11,13), na República Centro Africana (R$ 11,16) e em Hong Kong (R$13,24). 

Mas preço menor não significa que pesa menos no bolso. Depende da renda do consumidor. 

Com a média do preço da gasolina, o brasileiro consegue, com um salário mínimo, encher 4 tanques e meio de um carro compacto. No Chile, onde metade do petróleo é importado, o litro da gasolina é mais caro: R$ 6,60. Só que o chileno consegue encher quase oito tanques com o salário mínimo, que é o dobro do brasileiro. 

Comparando com o Japão, um país que importa quase todo o petróleo que consome e tem uma economia forte, o litro da gasolina custa R$ 7,40. Com um salário mínimo japonês, dá pra encher 20 tanques de combustível. 

Uma coisa é certa em todos esses países: tem que achar uma forma de lidar com a variação preço do barril do petróleo, que é o mesmo em todos os lugares, afinal, é uma commodity internacional. 

Os países se dividem basicamente em dois grupos: aqueles que transferem toda essa volatilidade para o consumidor final, como é na Alemanha, onde preço pode mudar várias vezes ao longo do dia, inclusive domingos e feriados. O outro grupo de países cria um “colchão” para amortecer essas variações, usando dinheiro de fundos ou, como no Reino Unido, um sistema que reduz o imposto quando o petróleo sobre, mantendo assim o preço final. 

O Brasil está no meio do caminho. Em 2021, os reajustes ocorreram, em média, a cada 12 dias.

E não dá pra esquecer de mais um fator influencia no preço e é um tabu no Brasil: a competitividade. Os Estados Unidos têm um mercado com várias empresas, o que ajuda a amortecer as variações. Já no Brasil, a maioria do mercado é controlado pela Petrobras. 

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