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Gilmar Mendes defende “canais de diálogo diretos” como solução para acabar com a crise entre os Poderes

Decano do Supremo, o ministro foi entrevistado com exclusividade na Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente

Rádio Bandeirantes

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes defendeu “canais de diálogo diretos” como solução para acabar com a crise entre os Poderes. Decano do Supremo, o ministro foi entrevistado com exclusividade na Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente.

Na opinião dele, a inexistência de uma interlocução sem intermediários criou um “círculo de desinteligência”. Muitas vezes, segundo Gilmar Mendes, uma declaração que nem foi feita é usada por “mexeriqueiros” para alimentar o conflito. 

“Eu tenho dito que nós temos que ter os canais abertos e manter o diálogo. De certa forma, me parece que há muitos equívocos, que são frutos também de desinformações e acho que devemos esclarecer. Na última vez que falei com o presidente, eu disse que nós tínhamos que ter esses canais diretos para evitarmos a ação de mexeriqueiros que gostam de alimentar a desinteligência e criar crises”, disse Mendes. 

Prisão de Roberto Jefferson


Na entrevista à Rádio Bandeirantes, Gilmar Mendes disse ter ouvido Bolsonaro reclamar que é vítima de um “cerco, de uma conspirata”.

Uma evidência disso, na compreensão do presidente, seria a prisão de apoiadores, como a de Roberto Jefferson. Gilmar Mendes revelou que na conversa com Bolsonaro indicou a ele, sem intermediário, as razões para a medida. 

“Eu mesmo tive a oportunidade de lhe explicar que no episódio da prisão do deputado Roberto Jefferson não houve nenhum exagero por parte do Supremo Tribunal Federal porque nós vimos que o deputado estava a ameaçar pessoas, a ameaçar instituições, posava com armas e dizia que iria atirar, ensinava como presentes em um culto deveriam reagir a um fiscal que lá fosse para interromper as atividades por razões sanitárias, colocando uma balaclava e atirando no pescoço. Portanto são questões estas que nós devemos esclarecer”, disse.    

Indicação de André Mendonça
 

Para Gilmar Mendes, a demora do Senado para analisar a indicação de André Mendonça ao Supremo se deve à crise entre os Poderes. Desde 13 de julho, o ex-advogado-geral da União e ex-ministro da Justiça espera a marcação da sabatina no Senado.

“Nesse ambiente de conflagração nós estamos vivendo também esse alongamento e essa singularidade, que até então nós não tínhamos vivido, em torno de uma indicação de um nome para o Supremo Tribunal Federal. Advogado e professor André Mendonça é uma pessoa qualificada e dialoga bem conosco. Atuou bem como AGU e como Ministro da Justiça, mas também está pagando um alto preço em função dessa conflagração política que se instalou em 2021”, disse. 

07 de Setembro
 

Sobre o 7 de Setembro, Gilmar Mendes lembrou que é normal haver manifestações no Dia da Independência, e disse esperar que elas sejam pacíficas.

Marco temporal e demarcação de terras indígenas 

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