
O governo brasileiro emitiu uma nota repudiando os ataques israelenses na Faixa de Gaza nesta terça-feira (18). Mais de 400 pessoas morreram, segundo hospitais palestinos.
Na visão do governo federal, a ação de Israel é uma "flagrante violação do Direito Internacional Humanitário". O Brasil pediu também em nota para que Israel suspensa restrições da entrada de ajuda humanitária em Gaza e restabeleça o fornecimento de eletricidade do território.
Na nota, o governo pede para que o Hamas e Israel cumpram os termos do acordo de cessar-fogo anunciado em 15 de janeiro e retomem negociações para ter um cessar permanente na região, com retirada das tropas israelenses de Gaza, libertação de reféns e estabelecimento de ajuda humanitária.
O ataque desta terça-feira (18) ameaça colocar fim ao cessar-fogo entre o grupo Hamas e Israel que está em vigor há quase dois meses. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou ter ordenado o ataque por causa do impasse nas negociações pela segunda fase da trégua. "Israel vai, de agora em diante, agir contra o Hamas com força militar crescente", informou o gabinete do premiê.
A Casa Branca disse ter sido consultada pelo governo de Israel antes do ataque, que acabou com um período de relativa calma durante o mês sagrado do Ramadan.
A ofensiva também levantou questões sobre o futuro de cerca de 12 reféns israelenses que permanecem sob o poder do Hamas desde o início da guerra, em outubro de 2023.