A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro autorizou os municípios a aplicarem a segunda dose da Pfizer nas pessoas que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19 de Oxford/Astrazeneca, quando não houver imunizantes suficientes.
Segundo a pasta, a decisão foi tomada em conjunto com o Conselho de Análise Epidemiológica do Governo. O secretário de Saúde Alexandre Chieppe afirma que a decisão é importante, para garantir a aplicação da segunda dose do imunizante, principalmente frente ao avanço da variante delta do coronavírus.
Na última semana, o Ministério da Saúde já tinha autorizado a mistura dessas vacinas nos municípios. Segundo a pasta, a medida foi baseada em estudos sobre a intercambialidade das vacinas.
A justificativa é que as quantidades dos imunizantes de Oxford/AstraZeneca entregues estão diminuindo. O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, afirma que pesquisas comprovaram a eficácia da intercambialidade entre doses da Astrazeneca e da Pfizer.
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, a instituição tem maior capacidade de produção do que a quantidade de Ingrediente Farmacêutico Ativo que chega no país. A instituição aguarda a confirmação de novos embarques de IFA ainda para agosto e disse que não deve faltar vacina.
Na semana passada, a Prefeitura de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, já tinha autorizado a mistura de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca e da Pfizer para pessoas que tiveram efeito adverso com a primeira dose.