Governo dos EUA anuncia nova força naval para proteger navios

Por Moises Rabinovici

Uma nova força está sendo criada para proteger os navios que navegam pelo Mar Vermelho, anunciou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, em Manama, no Bahrein. Com os petroleiros atacados pelos Houthis, do Iêmen, os preços globais do petróleo subiram nesta segunda-feira.

A força naval foi anunciada no momento em que as principais empresas de transporte marítimo, entre elas a Evergreen, Hapag-Lloyd, Maersk e Mideterraneam Shipping resolveram não mandar mais navios para Bab el-Mandeb, a entrada do Mar Vermelho.

Os ataques dos Houthis, solidários com os palestinos do Hamas, danificaram alguns navios, disparando contra eles mísseis e drones fornecidos pelo Irã.

"Trata-se de um desafio internacional que exige uma ação coletiva", declarou o Secretário da Defesa, Lloyd Austin, num comunicado divulgado pouco depois da meia-noite de terça-feira no Bahrein. "Por isso, anuncio hoje a criação da Operação Prosperity Guardian, uma nova e importante iniciativa multinacional de segurança".

Países que farão parte dessa força são o Reino Unido, o Bahrein, o Canadá, a França, a Itália, os Paises Baixos, a Noruega, as Seychelles e a Espanha. Alguns patrulharão o Mar Vermelho e o Golfo de Aden, outros cuidarão das informações. Três navios de guerra norte-americanos, os contratorpedeiros Carney, Stethem e Mason, já estão ao largo do estreito de Bab el-Mandeb.

Um membro dos Houthis, Mohammed Ali al-Houthi, defendeu os ataques contra os navios para, segundo ele, forçar Israel a parar os ataques a Gaza. Ele também declarou que "os Estados Unidos não têm o direito de falar sobre a lei internacional, porque seus ataques aéreos e foguetes rasgaram e enterraram Gaza e o Iêmen sob as ruínas."

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais