A greve dos metroviários e ferroviários, na próxima terça-feira (3), ainda nem começou, mas já afeta diversos serviços em São Paulo. Tanto o governo do estado como a prefeitura da capital anunciaram ponto facultativo e suspensão de atividades no setor público, a partir de amanhã.
No âmbito estadual, a Secretaria de Educação suspendeu as aulas em todas as escolas da capital e Região Metropolitana. Os atendimentos de saúde e do Poupatempo, marcados para amanhã, serão reagendados.
Por outro lado, o governo estadual garante a execução dos serviços de segurança pública. Além disso, os restaurantes e postos móveis do Bom Prato oferecerão as refeições normalmente.
Prefeitura mantém aulas
No que diz respeito à prefeitura de São Paulo, a administração manteve os serviços essenciais, como os das escolas e creches, unidades de saúde, segurança urbana, assistência social, serviço funerário e outras atividades que não podem ser descontinuadas.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) justificou o funcionamento das aulas ao fato de os pais terem onde deixarem os filhos para irem ao trabalho.
“A Educação fica excetuada porque nós temos um volume muito grande de crianças em creche e poderia ser que alguma mãe não pudesse trabalhar usando as linhas que estarão operando, como algumas linhas privatizadas de metrô ou as de ônibus”, pontuou o prefeito.
100% da frota de ônibus e fim do rodízio
A prefeitura também garante que 100% da frota de ônibus funcionará durante todo o dia. A SPTrans ampliou o itinerário de 25 linhas municipais. O rodízio municipal de veículos foi suspenso.
A Câmara Municipal de São Paulo suspendeu o expediente presencial no dia da greve. A casa legislativa reforçou que os compensarão as horas não trabalhadas a partir do próximo dia útil.
Sabesp em greve
Os funcionários da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) também aderiram à greve, mas ainda não há um comunicado oficial da empresa sobre quais serviços podem ser afetados. Por e-mail, a Band solicitou uma nota da empresa, mas ainda não houve retorno.
Grevistas contra privatizações
A greve é uma resposta dos servidores contra projetos de concessões e privatizações do governo estadual, o que inclui o Metrô de São Paulo, Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Sabesp. Os sindicatos dizem que querem mais discussão com a sociedade.
No transporte público, a Justiça determinou a manutenção do transporte sobre trilhos em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos, além de 85% do contingente da Sabesp, sob pena de multas diárias de até R$ 500 mil aos sindicatos.
A liberação das catracas foi proibida por decisão judicial pelos altos riscos de tumultos e possíveis acidentes nas estações. As linhas concedidas do Metrô e trens funcionarão normalmente nas Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda.