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Há um ano nível de imóveis comerciais desocupados se mantém alto em São Paulo

Com a retomada de atividades, o setor espera que haja uma retomada até o fim deste ano

Ana Paula Rodrigues, da Rádio Bandeirantes

Há um ano o nível de imóveis comerciais desocupados se mantém alto em São Paulo. Com a retomada de atividades, o setor espera que haja uma retomada até o fim deste ano.

A chegada da pandemia forçou o crescimento de um movimento que até então era restrito a alguns setores, o de trabalho em casa.

O home office esvaziou escritórios e levou muitas empresas a devolver imóveis ou trocar espaços maiores por outros mais compactos.

Segundo a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), há um ano a taxa de vacância desses espaços segue na mesma média, de 24%. Em março de 2020, antes da pandemia, o percentual de imóveis vagos estava em 18%.

O presidente da AABIC, afirma que, embora o home office tenha sido definitivo para o começo desse movimento, agora o principal para a mudança dos índices é a retomada da economia.

Por isso, José Roberto Graiche aposta que a desocupação não vai aumentar e sim deve aumentar a procura por imóveis para alugar com a retomada das atividades. 

“Está no limite máximo de percentual. Houve várias ondas e ele não cresceu nesse último ano. Cada vez que a economia reage e criam-se mais postos de trabalho automaticamente o mercado imobiliário reage. O que a gente vem percebendo é que o home office veio para ficar, porém não integralmente. As empresas optaram por dar mais flexibilidade de horário e de dias de trabalho”, explicou.

Esse foi exatamente o caso da empresa de TI onde o Samuel Batista trabalha. O escritório foi reaberto com a flexibilização das regras de quarentena para os funcionários que quiserem voltar, mas isso também foi limitado a 3 vezes por semana.

Samuel explica que a perspectiva de ter menos gente dentro do escritório em Moema, na zona sul, fez o espaço ser reduzido. “Agora que houve um relaxamento das normas o escritório pode abrir. Está disponível para quem quiser trabalhar no escritório três vezes por semana. Havia dois andares e a empresa entregou um fazendo com que houvesse um remanejamento do espaço”, contou. 

A Marília Tosetto trabalha em um RH de empresa de tecnologia que, por enquanto, optou por não ter mais espaço físico para os funcionários.

“A gente não planeja uma volta para o escritório no modelo antigo. Quando retornar a gente retornar no modelo hibrido, que é a gente ter escritório pequeno, mas sem espaços fixos, mas com foco para treinamento e encontrar clientes e a equipe eventualmente, mas que as pessoas possam optar por trabalharem de onde quiserem”, disse.

Outro ponto que a associação destaca que que pode ter impactado a locação é o aumento da oferta de imóveis, já que houve crescimento no número de empreendimentos comerciais e residenciais construídos nos últimos anos e que estão sendo entregues em 2021.

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