A quatro dias do mês sagrado islâmico do Ramadã, e 152º dia de guerra em Gaza, o jornal da Jordânia A-Rai al-Youm publicou uma lista de prisioneiros que o Hamas quer livres em troca de reféns israelenses que mantém cativos. O principal nome é o de Marwan Barghouti, condenado por vários assassinatos e o único capaz de unir o Hamas e a OLP/Fatah, ou Gaza e Cisjordânia.
Outros nomes na lista: Abdullah Barghouti, principal fabricante de bombas do Hamas; Ahmad Sadat, chefe da PFLP; Ibrahim Hamed, ex-comandante da ala militar do Hamas na Cisjordânia; e Abbas al-Sayed, membro sênior do Hamas responsável pelo planejamento de atentados a bomba que mataram dezenas de israelenses.
Israel também teria que libertar todos os prisioneiros doentes, qualquer pessoa com mais de 60 anos ou menos de 18, e todas as mulheres, bem como 57 pessoas libertadas no acordo do soldado Gilad Shalit e novamente presas. (Shalit foi trocado por 1027 presos, em 2011.)
Não é preciso estar no Gabinete de Guerra de Benjamin Netanyahu para antecipar que não haverá acordo, se mantida a lista que o jornal jordaniano afirma ser “inegociável”. O Ramadã marca o prazo que Israel se deu para atacar o último reduto do Hamas em Gaza, Rafah. O governo israelense está sob forte pressão internacional para adiar o ataque.
A população de Gaza sem comida, com crianças morrendo de fome, está dispensada do jejum de Ramadã, do alvorecer ao pôr do sol. Os doentes, também.
Guerra que segue.