O Hamas libertou neste sábado (15) mais três reféns israelenses em troca de 369 prisioneiros palestinos. O grupo soltou Iair Hron, Sagui Dekel Chen e Sasha Troufanov para evitar o colapso do cessar-fogo, que passou por ameaças de Israel após o grupo terrorista anunciar que não libertaria mais reféns acusando os israelenses de não cumprirem seus pontos do acordo.
Os três israelenses foram levados a um palco ao lado de militantes do Hamas em Khan Younis. Forças israelenses pegaram os reféns e os levaram de volta para Israel.
Segundo a Reuters, logo depois vários ônibus com prisioneiros e detentos palestinos partiram da prisão de Ofer, na Cisjordânia, ocupada por Israel. Alguns deles foram transportados para o Hospital Europeu em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Esta troca faz parte da primeira fase do cessar-fogo. Para a segunda fase do acordo, a ser ainda negociada, ficaram 73 reféns, dos quais 35 confirmados mortos. Desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas invadiu Israel, mais de 47 mil palestinos foram mortos, entre eles crianças, mulheres e cerca de 19 mil combatentes, e 1.200 israelenses, no primeiro dia do ataque, e mais 550 até hoje, 15 meses depois.
Quem são os reféns israelenses libertados?
O refém russo-israelense, Sasha Troufanov, 29, engenheiro da Amazon, foi sequestrado com a avó, a mãe e a namorada, já libertadas, no kibutz Nir Oz. Seu pai, Vitaly, foi morto no ataque. A família imigrou da União Soviética há 25 anos.
O americano-israelense Sagi Dekel-Chen, 36, foi quem deu o primeiro alarme da invasão do Hamas no kibutz Nir Oz. Confrontou os terroristas e foi capturado, contou o pai Jonathan Dekel-Chen, professor na Universidade Hebraica de Jerusalém.
O argentino-israelense Yair Horn, 46, foi liberado, mas seu irmão Eitan, 38, continuará no cativeiro. Ele é conhecido por organizar as festas e dirigir o “pub” do kibutz Nir Oz, que perdeu ¼ de seus membros.
