Autoridades do grupo terrorista Hamas estão no Cairo, capital do Egito, para negociar uma trégua no conflito na Faixa de Gaza, porém Israel não enviou uma equipe para participar da reunião, que durou três dias.

O grupo terrorista disse nesta quarta-feira (6) que está disposto a negociar um cessar-fogo em Gaza, antes do Ramadã, período sagrado para os muçulmanos que começa no próximo domingo (10). Os acordos seriam feitos por mediadores.

Os negociadores dos Estados Unidos, do Catar e do Egito tentam garantir uma proposta de pacificação, no qual o Hamas libertária reféns de Israel em troca de um cessar-fogo de seis semanas, da libertação de prisioneiros palestinos e de mais ajuda a Gaza.

O grupo recusou a proposta de libertar os cerca de 100 reféns que mantém, e os corpos de outros 30, a menos que Israel se retire de Gaza e liberte cativos da Palestina, inclusive os que estão sob pena de prisão perpétua.

Segundo a emissora árabé Al Jazeera, o alto funcionário do Hamas, Osama Hamdan, disse que o grupo deseja um cessar-fogo permanente, em vez de uma pausa de seis semanas, e uma “retirada completa” das forças israelenses.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou as exigências do Hamas e fez a promessa de continuar com a guerra até que o Hamas seja destruído e todos os prisioneiros sejam devolvidos. Porém, Israel quer que o grupo entregue uma lista com nomes dos prisioneiros que estão vivos.

O  líder sênior do Hamas, Bassem Naim, declarou à agência de notícias AFP que não sabe quais prisioneiros estão vivos ou mortos, por causa de greves ou de fome, e que os cativos estão detidos em numerosos grupos.