A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, na última sexta-feira (28), um homem de 52 anos suspeito de tentativa de invasão à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, em operação que cumpria mandado de busca e apreensão em Samambaia, cerca de 30km distante da capital federal. A tentativa de invasão aconteceu dois dias antes, na quarta (26).
Na casa do suspeito, foram encontrados elementos que seriam usados para a construção de uma bomba caseira, bilhetes com ofensas ao Supremo e um casaco que é de uso exclusivo da Polícia Militar do DF. Também foram apreendidos um celular e um computador do homem preso, que resistiu à prisão, o que obrigou os agentes a empregarem a força para efetuar sua prisão.
De acordo com a Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento (DPCEV), o homem proferiu diversas ameaças e ofensas contra servidores do STF e ministros do Supremo na tentativa da invasão à sede.
A investigação ainda não detalhou se havia a intenção de ataques ou ameaças específicas a ministros do Supremo, mas há vários indícios de que o homem planejava ações extremistas, segundo a Polícia Civil.
Ameaças recentes ao Supremo
Após os atos de 8 de janeiro de 2023, o STF tem sido alvo de tentativas de ataques nos últimos meses. A Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento, unidade da Polícia Civil, foi recém-criada pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, após o ataque com explosivos na Praça dos Três Poderes, em 13 de novembro. Francisco Wanderley Luiz foi para a frente da sede do Supremo Tribunal Federal, na Praça dos Três Poderes, com artefatos explosivos. Ele morreu na ação.
Em 29 de novembro, um homem de 30 anos foi preso por suspeita de planejar um ataque contra o Supremo. Ele foi detido enquanto viajava como carona em um caminhão ruma à capital federal. O suspeito é morador do Ceará e foi detido na Bahia, próximo à divisa com Goiás. Ele publicou mensagens nas redes sociais chamando Lula e Bolsonaro para um “duelo de facas”.