Um grupo com quase 400 imigrantes, majoritariamente formado por indianos e cidadãos de países da África estão retidos desde a última semana no Aeroporto de Guarulhos. Eles tentam registrar pedidos de refúgios e, na avaliação do Ministério Público Federal, esta é uma nova crise humanitária no local.
O MPF busca soluções para poder formalizar o pedido de refúgio do grupo. As motivações para a vinda dos imigrantes ainda não foram confirmadas. Entre as dificuldades para a entrada no Brasil estão falhas na plataforma digital para o registro de pedidos de refúgio no país, o Sisconare.
O órgão convocou uma reunião emergencial para quinta-feira (13), com representantes do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), da Polícia Federal, da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), da concessionária GRU Airport e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em 2022, o Aeroporto de Guarulhos foi local de outra crise humanitária, envolvendo refugiados afegãos que vieram ao Brasil em 2022 e se fixaram no terminal por falta de assistência e condições para se instalar no país. Em dezembro de 2023, uma ação civil pública pediu o repasse de recursos que garantiram as condições dignas para receber os afegãos em vulnerabilidade.
Imigrantes aguardam para pedir refúgio no Brasil
Reprodução/MPF