"Persona non Greta?" — Pergunta a manchete do jornal alemão Die Tageszeitung. Outro jornal, Tagesspiegel, já dá por acabado "o ícone do clima", antecipando o fim de Greta Thunberg, mas o que fez Greta?
Com uma kefyia palestina preto e branca palestina na cabeça, ela se posicionou pró-Hamas numa manifestação de 70 mil ativistas pró-clima em Amsterdã, na segunda-feira.
Os Verdes alemães não gostaram: "Greta Thunberg abusou da absolutamente necessária e correta preocupação com a proteção do clima para adotar uma postura unilateral sobre o conflito Israel-palestino, sobre o qual não nomeia os culpados, não condena as atrocidades absolutas do Hamas", disse Ricarda Lang, líder dos Verdes, aliado minoritário da coalizão de governo de Olaf Scholz.
Lang descartou Greta: "Ela se desacreditou a si mesma como imagem do movimento pelo clima". Na mesma manifestação, Greta convidou uma palestina a falar. E aí um homem invadiu o palco, pegou o microfone, e disse: "Vim aqui para uma manifestação climática, não para uma política".