O prefeito do Rio, Eduardo Paes, se compromete a resolver em breve a situação dos moradores de uma ocupação irregular em um condomínio do programa Minha Casa Minha Vida, em Santa Cruz, na Zona Oeste da cidade, destruído por um grande incêndio nesta quinta-feira (14). As informações são de Gustavo Sleman, da BandNews FM Rio.
Paes acompanhou o trabalho do Corpo de Bombeiros e de órgãos municipais e estaduais. Segundo ele, toda assistência necessária vai ser prestada.
Além do prefeito, representantes das secretarias de Assistência Social e de Educação também estiveram no local. Não há informações sobre vítimas.
As chamas começaram em um dos barracos de madeira construídos no pátio do conjunto habitacional, localizado na Estrada dos Palmares. Cerca de 250 moradias foram destruídas.
Bombeiros do quartel de Santa Cruz foram acionados por volta de 20h20. Os militares receberam o apoio dos quartéis de Campo Grande e de Itaguaí.
Escolas e creches municipais da região vão servir de abrigo temporário para os moradores afetados pelo incêndio. Um deles é o vendedor ambulante Vitor de Sá Marques, que, devido às dificuldades financeiras, passou a viver na ocupação há dois anos.
Pai de duas crianças, ele se preparava para dormir quando o incêndio começou.
A dona de casa Rose Rocha, que trabalha como uma espécie de síndica local e organizava o dia a dia dos barracos, auxiliou na fuga de moradores e no controle das chamas.
O presidente da Associação de Moradores do Minha Casa Minha Vida, Leandro Ferreira, relatou que o cenário era desesperador entre moradores que tentavam fugir do local com o máximo possível de pertences.
No ano passado, moradores da ocupação batizada de Unidos Venceremos protestaram na Avenida Brasil para reivindicar a promessa de aluguel social feita pelo ex-prefeito Marcelo Crivella.
O atual subprefeito da Zona Oeste do Rio, Edson Menezes, afirmou que a nova gestão vai analisar em breve o caso, mas que o momento é de controlar as chamas e ajudar as pessoas afetadas pelo incêndio.
Os barracos foram construídos com madeira e plástico no pátio do conjunto habitacional há quatro anos. A ocupação fica localizada entre os condomínios Aveiro e Cascais.
As moradias irregulares destruídas pelo incêndio eram constituídas por um cômodo de 2 metros quadrados, cozinha comunitária com fogão a lenha e banheiros compartilhados.