A cidade de São Paulo viveu uma das maiores tragédias registradas no Brasil em 1° de fevereiro de 1974. Eram pouco mais de 8h30 de uma sexta-feira cinzenta na capital paulista, quando um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado do Edifício Joelma, no centro da capital, deu início àquela que foi, por décadas, a maior tragédia da cidade.
As chamas avançaram rapidamente por carpetes, forros de espuma e divisórias de madeira do 12º andar. Quando o fogo chegou às escadas, não encontrou barreiras: em poucos minutos bloqueou a única saída e começou a se espalhar prédio acima, atingindo o 23º andar em cerca de meia hora.
Cerca de 750 pessoas estavam no prédio. Mais de 300 ficaram feridas, e pelo menos 181 morreram.
A tragédia provocou mudanças na legislação e na fiscalização dos prédios. Portas corta-fogo passaram a fazer parte das exigências para novos projetos, e fizeram arquitetos e engenheiros se atentarem, também, para aspectos da segurança.
Também é difícil falar do que o incêndio do Joelma representa para a cidade de São Paulo sem citar as histórias de ordem espiritual ou de fatos sobrenaturais.
As “treze almas do Joelma” são a história mais conhecida: 13 dos mortos até hoje não foram identificados, estão sepultadas lado a lado no cemitério de Vila Alpina, na zona leste de São Paulo. O local ainda hoje recebe pessoas em busca de graças dessas vítimas anônimas.