O que se sabe sobre incêndio em fábrica de fantasias de Carnaval no Rio de Janeiro

Chamas atingiram galpão da Maximus Confecções; pelo menos 21 pessoas ficaram feridas

Da redação

O que se sabe sobre incêndio em fábrica de fantasias de Carnaval no Rio de Janeiro
Incêndio atinge galpão de fantasias no RJ
Felipe Macon| BTN

Faltando três semanas para os desfiles da Série Ouro do Carnaval do Rio de Janeiro, um incêndio atingiu o galpão da fábrica Maximus Confecções, que produz adereços e fantasias para escolas de samba cariocas. As chamas atingiram o local que fica em Ramos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (12). 



O prédio produzia e guardava as fantasias dos desfiles de Império Serrano, Unidos da Ponte, Porto da Pedra e União do Parque Acari, todas da Série Ouro, que devem desfilar no dia 28 de fevereiro e 1º de março. 

Pelo menos 21 pessoas que trabalhavam na confecção do Carnaval foram levadas ao hospital e destas, 12 em estado grave e dessas, oito foram entubadas. A maioria delas foi levada com sintomas de intoxicação pela fumaça gerada pelo incêndio. 



Segundo as informações iniciais, cerca de 30 pessoas estavam no local e algumas foram resgatadas pela população, saindo pelas janelas do imóvel. O quarteirão no entorno foi isolado para segurança dos moradores. Escolas da região também precisaram ser evacuadas. 

Fábrica não tinha alvará do Corpo de Bombeiros

A fábrica de confecção de fantasias de Carnaval, que pegou fogo na manhã desta quarta-feira (12), no bairro de Ramos, no Rio de Janeiro, não possuía aprovação do Corpo de Bombeiros. 

“A edificação não possuia aprovação do Corpo de Bombeiros, não tinha condição de segurança necessária para estar funcionando. A edificação possuia muitos materiais de alta combustão, como plásticos, papéis, sem certificado e, por consequência, não tinha as condições de segurança para funcionamento”, declarou o comandante Luciano Sarmento.

Escolas de samba afetadas não devem ser rebaixadas

A Maximus Confecções é a principal fornecedora de materiais das escolas de samba da Série Ouro e dos desfiles da Intendente Magalhães, que reúne os grupos Bronze e Prata. Em nota, a Liga-RJ, responsável pela Série Ouro, lamentou o ocorrido e disse que a principal preocupação é com a segurança das pessoas que estavam no local. 

A entidade afirmou ainda que uma Assembleia Geral Extraordinária foi convocada para definir os próximos passos do carnaval, mas que nenhuma escola será prejudicada. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que as escolas não devem ser rebaixadas. 

Em publicação no X, Eduardo Paes citou que conversou com o presidente da Série Ouro, Hugo Júnior e já tomaram a decisão. Caso tenham a possibilidade de desfilar, as escolas devem desfilar como hors con-cours. "Como estou em Brasília, o vice-prefeito está acompanhando a situação", escreveu Eduardo Paes. 

"Deixo o meu abraço aos componentes do Império Serrano, da Unidos da Ponte e da Unidos de Bangu, agremiações que tanto orgulham o Carnaval carioca. A prefeitura do Rio estará ao lado de vocês", afirmou Eduardo Paes.

Em nota, o governador do estado, Cláudio Castro, afirmou que o governo presta apoio às escolas. "Minha total solidariedade às escolas de samba afetadas. Império Serrano, Unidos da Ponte e Porto da Pedra terão todo o apoio do Governo do Estado neste momento difícil", escreveu no X. 

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