Enem, 25 anos: prazo de inscrição para o exame começa nesta segunda-feira

O edital com o cronograma e as regras para o Enem 2023 foi publicado no início do mês

Agência Brasil

As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começam nesta segunda-feira (5). Interessados em participar do certame, que será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro, têm até o dia 16 de junho para fazer o cadastro na Página do Participante. A taxa de inscrição é R$ 85 e deve ser paga até 21 de junho. 

O edital com o cronograma e as regras para o Enem 2023 foi publicado no início do mês. Além de apresentar as datas e os horários do exame, o texto detalha os documentos necessários e as obrigações do participante, incluindo situações em que o candidato pode ser eliminado.  

A publicação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) traz também critérios para correção das provas e procedimentos para pessoas que precisam de cuidados especiais durante o concurso. 

Os gabaritos das provas objetivas serão publicados no dia 24 de novembro no portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados no dia 16 de janeiro de 2024 no mesmo site.

Enem faz 25 anos

Este ano, o Enem completa 25 anos de sua criação. Ao longo deste tempo, o exame que media a proficiência dos alunos cresceu e se tornou a principal porta de acesso dos alunos para as universidades.

Linha do tempo

  • 1998: Criação do Enem, que era voluntário e tinha como objetivo medir o domínio dos alunos sobre o conteúdo do ensino médio. Participaram 157 mil inscritos. A prova teve 63 questões e quatro horas de duração.
  • 2000: A prova passa a ter cinco horas.
  • 2001: Estudantes de escolas públicas ganham isenção da taxa de inscrição. Número de inscritos sobe para 1,6 milhão.
  • 2004: Resultado do Enem passa a valer para obtenção de bolsas de estudo do ProUni.
  • 2009: A grande mudança do Enem: o Ministério da Educação (MEC) cria o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e usa o Enem como processo seletivo para cursos de graduação. Prova passa a ter 180 questões e uma redação. Exame passa a ser aplicado em dois dias. Número de inscritos chega a 4,1 milhões.
  • 2010: MEC passa a exigir a nota mínima de 450 pontos e nota acima de zero na redação para aprovação no Enem.
  • 2011: Exame começa a ser aplicado para pessoas privadas de liberdade (Enem PPL)
  • 2013: Nota do Enem passa a ser usada para o programa de intercâmbio internacional Ciências Sem Fronteiras.
  • 2014: Enem bate o recorde de inscritos com 8,7 milhões de candidatos. Exame passa a permitir o uso do nome social na inscrição de transgêneros, travestis e pessoas não binárias.
  • 2015: MEC proíbe quem faltou nos dois dias de prova a obter isenção de taxa no ano seguinte. Média do Enem passa a ser usada como critério para obter bolsas do Fies.
  • 2017: Enem passa a ser aplicado em dois domingos consecutivos. Certificação do ensino médio passa a ser conferida ao exame Encceja.
  • 2018: Segundo dia de provas ganha 30 minutos a mais de duração.
  • 2020: Com a pandemia, Enem bate recorde de abstenção: 55,5% dos inscritos não aparecem para fazer as provas. Governo institui o Enem Digital, mas a adesão é baixa.
  • 2021: Enem tem o menor número de inscritos desde que passou a servir de seleção para as universidades: 3,1 milhões, sendo que quase 30% não comperecem para fazer as provas.
  • 2023: Diante dos altos custos e da baixa adesão, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC), decide acabar com o Enem Digital.

Inscritos e abstenções
 

Fase dos primórdios do Enem

  • 1998: 157.221
  • 1999: 346.819
  • 2000: 390.180
  • 2001: 1.624.131
  • 2002: 1.829.170
  • 2003: 1.882.393
  • 2004: 1.552.316
  • 2005: 3.004.491
  • 2006: 3.731.925
  • 2007: 3.568.592
  • 2008: 4.018.070

Fase do Enem como ‘vestibular’

  • 2009: 4.148.721 - (37,7% de abstenção)
  • 2010: 4.626.094 - (28,8% de abstenção)
  • 2011: 5.380.857 - (26,4% de abstenção)
  • 2012: 5.814.644 - (27,9% de abstenção)
  • 2013: 7.173.574 - (29,7% de abstenção)
  • 2014: 8.721.946 - (28,9% de abstenção)
  • 2015: 7.746.436 - (27,6% de abstenção)
  • 2016: 8.356.215 - (30,0% de abstenção)
  • 2017: 6.731.300 - (30,2% de abstenção)
  • 2018: 5.513.712 - (24,9% de abstenção)
  • 2019: 5.095.388 - (27,1% de abstenção)
  • 2020: 5.783.483 - (55,3% de abstenção)
  • 2021: 3.109.800 - (29,9% de abstenção)
  • 2022: 3.396.632 - (32,4% de abstenção)
    Fonte: Inep/MEC

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