O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicou a primeira deflação depois de 14 meses. Em agosto, o indicador ficou em -0,02%, puxado pelos recuos da energia elétrica e alimentação e bebidas.
No que diz respeito aos alimentos e bebidas, esta foi a segunda deflação seguida do grupo. Em julho, o resultado ficou em -1%. Agora em agosto, a redução foi de 0,44%, com destaque para a batata inglesa (-19,04%), tomate (-16,89%) e cebola (-16,85%).
“O principal fator que contribuiu para a queda nos preços foi uma maior oferta desses produtos no mercado por conta de um clima mais ameno no meio do ano, que favorece a produção desses alimentos, com maior ritmo de colheita e intensificação de safra”, explicou o gerente de pesquisa do IBGE, Anadré Almeida.
Para quem come fora de casa, a inflação desacelerou em agosto (0,33%), quando comparada a julho (0,39%).
O grupo de habitação como um todo, no qual estão os cálculos envolvendo a energia elétrica (-2,77), também registrou variação negativa (0,51%). Isso gerou um impacto de 0,08 ponto percentual no resultado na inflação.
O grupo de transportes, com 0%, registrou estabilidade. O destaque vai para o preço das passagens aéreas, cuja queda foi de 4,93%.
De forma geral, entre as regiões pesquisadas, Porto Alegre teve a maior variação de preços, com 0,18% em agosto, enquanto São Luís teve a menor, -0,54%.