No 60º dia de guerra, Israel cercou o Hamas em seu último reduto, em Khan Yunis; mais de cem foguetes, e mísseis e antimisseis, cruzaram os céus do Líbano e de Gaza; e familiares de reféns gritaram com o primeiro-ministro Netanyahu, depois que ele admitiu não ser "atualmente possível" libertar a todos os que ainda estão no cativeiro.
Foi um dos dias mais intensos da guerra que completou dois meses nesta terça-feira. Pelo menos 45 pessoas foram mortas num bombardeio aéreo israelense em Deir al-Balah, no centro de Gaza; os soldados cercaram também o campo de refugiados de Jabaliya. O Ministério da Saúde controlado pelo Hamas subiu para 16.248 o número de palestinos mortos desde o dia 7 de outubro, dia do ataque contra Israel que deixou 1.200 mortos.
O emir do Catar pediu que a ONU obrigue Israel a voltar às negociações para a troca de reféns por cessar-fogo e libertação de prisioneiros palestinos. O primeiro-ministro Netanyahu concluiu que o Hamas não solta as mulheres reféns por medo que elas tornem público o que sofreram com os combatentes dentro dos túneis. Em 7 de outubro várias mulheres capturadas sofreram estupros coletivos e depois foram mortas com tiros na vagina e seios.
Na próxima quinta-feira, o primeiro dos oito dias da festa judaica do Hanuká, ou Festival das Luzes, religiosos da extrema-direita foram autorizados a marchar pela Porta de Damasco, na velha Jerusalém, e seguir pelo bairro muçulmano até o Monte do Templo e Mesquita Al Aqsa - o que sempre acaba em conflito com a população árabe.