Israel e Hamas cometeram crimes de guerra e contra a humanidade, diz ONU

Especialistas indicam “ponto de virada claro” para israelenses e palestinos após ataque do Hamas ao sul de Israel de 7 de outubro

Da Redação com ONU News

Israel e Hamas cometeram crimes de guerra e contra a humanidade, diz ONU
Foguetes sendo lançados de Gaza em direção a Israel após fim da trégua
REUTERS/Amir Cohen

Um relatório apresentado na Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (12), aponta que crimes de guerra e contra a humanidade foram cometidos no ataque de 7 de outubro a Israel e nas operações militares subsequentes por grupos armados palestinos e autoridades israelenses.

As constatações da Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre o Território Palestino Ocupado também abrangem áreas de Jerusalém Oriental e Israel.

A publicação divulgada em Genebra, na Suíça, destaca que “em meses de perdas e desespero, retaliação e atrocidades, o sofrimento de palestinos e israelenses piorou”. 

Os civis sofrem “o peso das decisões daqueles que detêm o poder”, destaca o grupo independente criado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU no documento, enfatizando o impacto do conflito sobre mulheres e crianças. 

Para os especialistas, o ataque do Hamas contra Israel de 7 de outubro marca um “ponto de virada claro” para israelenses e palestinos e um “momento decisivo” que pode mudar o rumo do conflito, com “um risco real de consolidar e alargar ainda mais a ocupação”.

Para Israel, o ataque “sem precedentes na história moderna em termos de dimensão” resultou na morte de centenas de pessoas e em sequestros.  A análise aponta ainda “traumas dolorosos de perseguições passadas, não apenas para judeus israelenses, mas para o povo judeu em todos os lugares”. 

Em relação aos palestinos, a operação militar e o ataque de Israel em Gaza ficam registrados como “os mais longos, maiores e mais sangrentos desde 1948”.

Para a comissão, tanto o ataque em Israel quanto a subsequente operação militar de Israel em Gaza não devem ser vistos isoladamente. Para os especialistas, a “única maneira de interromper os ciclos recorrentes de violência, incluindo agressão e retaliação de ambos os lados, é garantir a adesão estrita ao direito internacional”.

As recomendações incluem “acabar com a ocupação israelense ilegal do território palestino; discriminação, opressão e a negação do direito à autodeterminação do povo palestino, e garantir paz e segurança para judeus e palestinos.” 

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