Faz hoje duas semanas que o Hamas invadiu Israel para o maior massacre de judeus em um único dia, desde o holocausto nazista. E neste 14? dia, multidões nas ruas de vários países continuam se manifestando contra Israel, a vítima tornada algoz. De nada adiantaram as explicações de que foi um míssil do grupo Jihad Palestina que explodiu no hospital de Gaza, matando centenas de pessoas. A culpa é de Israel.
Uma explicação pode ser a revelação de uma startup israelense que identificou dezenas de milhares de contas falsas de mídia social que apoiam o Hamas, a maioria das quais criada há mais de um ano e praticamente inativa até os ataques terroristas em Israel em 7 de outubro.
A revista digital de inovações israelenses, NoCamels, apresentou, nesta sexta-feira, a startup Cyabra, de Tel-Aviv, que identificou mais de 40 mil contas falsas que apoiam o Hamas em todas as plataformas. Seu vice-presidente de marketing, Rafi Mendelsohn, declarou em entrevista a NoCamels:
Mais de 40 mil contas falsas que eram pró-Hamas e simpatizantes do Hamas nas plataformas de mídia social... muitas delas foram criadas com um ano, um ano e meio de antecedência, e estavam meio que esperando… Então, quando tudo começou no sábado e no domingo [7 e 8 de outubro], essas contas haviam postado centenas de vezes, sem ter feito muito no ano e meio anterior.
A Cyabra criou um software que identifica agentes que usam mídias sociais para divulgar informações falsas. E está trabalhando com agências de inteligência. Mendelsohn diz: "Se você cria uma mentira, precisa convencer as pessoas dessa mentira. Ao passo que, se você pega algo que está mais ou menos enraizado, na verdade, ou que existe, e depois o recontextualiza para apresentar uma narrativa falsa, você pode achar que é mais real."
Usar as armas de informações, ele conclui, “é certamente mais barato do que criar um exército”.