O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta sexta-feira (22) que continua determinado a enviar militares para Rafah, no sul de Gaza, onde mais de um milhão de palestinos estão refugiados, e faria sem o apoio dos Estados Unidos, se necessário.
A declaração de Netanyahu foi feita em um vídeo publicado nas redes sociais do primeiro-ministro após encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, em Tel Aviv.
“Eu disse (a Blinken) que não temos como derrotar o Hamas sem entrar em Rafah. Espero que façamos isso com o apoio dos Estados Unidos, mas se necessário, faremos isso sozinhos”, afirmou Netanyahu.
O premiê israelense declarou ao secretário americano que aprecia o fato dos países estarem juntos na guerra contra o grupo extremista.
Conselho de Segurança da ONU
Com vetos da Rússia e da China, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou uma proposta de resolução apresentada pelos Estados Unidos para cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
A proposta dos Estados Unidos previa um “cessar-fogo imediato e sustentável” no enclave palestino, para proteer a população civil e permitir a chegada de ajuda humanitária para a população faminta. A resolução da trégua estava ligada à libertação imediata de todos os reféns sob poder do Hamas.
Na votação do conselho desta sexta-feira, apenas Rússia, China e Argélia votaram contra a resolução americana, ou seja, a proposta recebeu 11 votos a favor e uma abstenção (Guiana). Porém, como Rússia e China são dois dos cinco membros permanentes do bloco, que têm poder de veto, a proposta não foi aprovada.