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Israel volta atrás e vai discutir a guerra com EUA

Por Moises Rabinovici

Militares de Israel em operação na Faixa de Gaza
Militares de Israel em operação na Faixa de Gaza
Israel Defense Forces/Handout via REUTERS

Israel pediu à Casa Branca para remarcar a reunião que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu cancelou na semana passada, em protesto contra a abstenção dos EUA que permitiu a passagem de uma resolução de cessar-fogo imediato em Gaza, pelo Conselho de Segurança da ONU.

A reunião será remarcada para a semana que vem, segundo uma informação passada ao jornal israelense The Times of Israel. A pauta é sobre uma ofensiva terrestre em Rafah, no sul de Gaza, que os EUA temem que possa resultar em massacre de civis palestinos e quer discutir alternativas com militares israelenses.

Netanyahu explicou que o cancelamento da reunião em Washington era uma mensagem para o Hamas de que Israel não cederia à pressão internacional sobre a guerra em Gaza. O presidente Biden considerou a decisão uma reação exagerada do governo israelense.

O cancelamento pegou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallan, em visita ao Pentágono. E ele manteve reuniões com altos funcionários do governo americano, como Jake Sullivan, Antony Blinken, Lloyd Austin e William Burns, nas quais a ofensiva em Rafah foi um dos principais tópicos.

O assessor da Casa Branca John Kirby reiterou a oposição dos EUA a uma ofensiva terrestre em Gaza, onde estão concentrados mais de um milhão de palestinos, muitos deles fugitivos da guerra ao norte. “É preciso um plano para protegê-los”, ele explicou, em entrevista à TV israelense.

Depois que a resolução de cessar-fogo em Gaza passou no Conselho de Segurança, o Hamas rejeitou a oferta israelense que previa a troca de 800 prisioneiros palestinos, alguns cumprindo prisão perpétua, por 40 reféns sequestrados na invasão a Israel em 7 de outubro. A resolução incluía a libertação incondicional dos reféns, mas sem vínculo com o cessar-fogo até o final do Ramadã, em mais duas semanas. Nem Israel e nem o Hamas devem cumprir a decisão da ONU, adotada por 14 votos e uma abstenção

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