Divulgado na noite desta sexta-feira (16), o mais recente boletim médico do presidente indica que quadro de saúde de Jair Bolsonaro (sem partido) “continua evoluindo satisfatoriamente”, mas ele ainda segue sem previsão oficial de alta do Hospital Vila Nova Star, em São Paulo.
Segundo informações de bastidores e dos médicos, Bolsonaro pode ter alta hospitalar neste fim de semana ou no início da próxima semana.
Os médicos disseram que o presidente aceitou bem o início da dieta líquida. Uma tomografia na região do abdômen mostrou melhora na suboclusão intestinal. Bolsonaro já havia retirado a sonda nasogástrica na noite última quinta (15).
O presidente foi transferido de Brasília para São Paulo, na noite da última quarta-feira (14), após diagnóstico de obstrução intestinal. Desde então, a saúde dele está melhorando. Com isso, uma cirurgia está praticamente descartada.
Confira o último boletim médico:
O Hospital Vila Nova Star informa que o Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, continua evoluindo satisfatoriamente. Nesta tarde, o paciente passou por exame de tomografia computadorizada do abdômen, que evidenciou melhora do quadro de suboclusão. O presidente aceitou bem o início da alimentação. Segue em cuidados clínicos, sem previsão de alta hospitalar.
Presidente despacha de hospital
Além da imprensa posicionada na entrada do hospital, alguns apoiadores do presidente também fizeram plantão em frente ao hospital com bandeiras e faixas.
Novas imagens do presidente foram postadas hoje nas redes sociais. Bolsonaro apareceu caminhando no corredor do hospital, já sem a sonda nasal. Ele escreveu que em breve “vai estar de volta a campo “e agradeceu a todos pelo apoio e orações.
O filho mais novo, Jair Renan, visitou o pai, e disse que ele é forte o suficiente para passar por mais essa luta. O ministro da Economia Paulo Guedes também visitou Bolsonaro.
O Planalto ainda divulgou uma imagem do presidente despachando de dentro do hospital.
Entenda o problema de saúde do presidente
O problema está no intestino delgado de Bolsonaro. Uma das alças dobrou, colando uma parede do intestino na outra, causando o que é chamado de aderência. Com isso, o alimento na forma pastosa não consegue passar. Essa obstrução causa um inchaço na barriga e um acúmulo que líquidos no estômago, porque a digestão está interrompida.
O atual problema de saúde do presidente está diretamente ligado à facada que Jair Bolsonaro sofreu quando era candidato nas eleições de 2018. Desde então, Bolsonaro já passou por seis cirurgias, sendo cinco delas no abdômen - a sexta foi para a retirada de um cálculo na bexiga.
O cirurgião Wagner Marcondes participou da equipe médica que fez duas operações após a facada. Ele diz que complicações são esperadas em pacientes que passam por cirurgias delicadas no abdômen e possuem uma rotina agitada.
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