O Japão deve voltar a despejar a água utilizada para resfriar o combustível nuclear da usina de Fukushima 1 no mar. Segundo os órgãos reguladores do país, o novo sistema de tratamento fez a remoção da maioria das substâncias radioativas, mas a água ainda contém trítio.
A aprovação foi feita pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), que por meio de análise concluiu que os planos do Japão de liberar água tratada armazenada na usina nuclear de Fukushima são consistentes com os padrões de segurança da IAEA.
Segundo a emissora japonesa NHK, parceira do Grupo Bandeirantes, funcionários da Autoridade de Regulação Nuclear concordaram em emitir o certificado para aprovar o novo sistema de lançamento de água tratada em reunião nesta quarta-feira (5).
A inspeção do órgão regulador vistoriou as bombas, válvulas de fechamento de emergência e o túnel que será usado para lançar a água. Os inspetores disseram que não havia problemas de desempenho.
Em relatório apresentado pelo diretor-geral da agência da ONU, Rafael Mariano Grossi, ao primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, a AIEA informou que as águas tratadas despejadas no oceano teriam um impacto radiológico insignificante para as pessoas e o meio ambiente.
A Agência Internacional de Energia Atômica afirmou que o relatório é o resultado de quase dois anos de trabalho de uma Força-Tarefa da AIEA composta por especialistas de alto nível da agência, assessorados por especialistas em segurança nuclear internacionalmente reconhecidos de onze países. Eles revisaram os planos do Japão em relação aos padrões de segurança da AIEA, que servem como referência global para proteger as pessoas e o meio ambiente.
O Japão foi atingido por um grande terremoto sendo seguido por um tsunami em 11 de março de 2011, que destruíram os sistemas de resfriamento da usina de Fukushima, no acidente nuclear mais significativo desde Chernobyl.