Cada vez mais, empresas e órgãos públicos usam a leitura dos olhos para identificar e autorizar o acesso das pessoas a lugares e a contas bancárias. Em São Paulo, uma empresa chamada World estava pagando cerca de R$ 600 em criptomoedas para quem fizesse um registro digital baseado numa foto da íris.
O objetivo, segundo a empresa, é criar um banco de dados que, futuramente, diferenciará seres humanos de robôs. No Brasil, meio milhão de pessoas procuraram as lojas para o registro.
Na contramão da transação, a partir deste sábado (25), a World está proibida de remunerar quem participar do projeto. A decisão é da Autoridade Nacional de Proteção de Dados, ligada ao Ministério da Justiça. O órgão diz que o incentivo financeiro pode interferir na livre manifestação da vontade dos usuários. O órgão determinou que a empresa indique, no próprio site, quem é o responsável pelo tratamento dos dados.
A World disse ao governo que está em conformidade com todas as leis e regulamentos do Brasil e que relatos imprecisos recentes e atividades nas mídias sociais resultaram em informações falsas para a agência. Na União Europeia, a autoridade de proteção de dados determinou a exclusão dos dados coletados em todo os países que fazem parte do bloco.