Agronegócio celebra acordo Mercosul-UE, mas França tenta barrar adesão em meio à protestos

A ministra do comércio exterior, Sophie Primas, disse que vai tentar barrar o acordo em todas as frentes, mas, sozinha, a França não pode impedir a parceria

Da redação

Agronegócio celebra acordo Mercosul-UE, mas França tenta barrar adesão em meio à protestos
Agronegócio celebra acordo Mercosul-UE, mas França tenta barrar adesão em meio à protestos
Reuetrs

Alguns produtos podem ficar mais baratos quando o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, fechado nesta sexta-feira (6), se tornar realidade. Itens que o Brasil costuma importar, como vinhos, queijos e até carros podem chegar com o preço mais em conta. 

Além dos itens acima, o azeite de oliva e remédios também podem ter seus preços impactados de maneira negativa com o acordo. Até a indústria brasileira vê vantagem, porque prevê exportar produtos com mais valor agregado e importar maquinários para a sua modernização.

Mas o setor que mais comemora é o agronegócio. Além das carnes e da soja, são muitos os produtos que devem conquistar mais mercado nos 27 países membros da União Europeia. Enquanto a cúpula do Mercosul celebra o acordo, agricultores europeus protestam. Na França, tratores fecham ruas e estradas pelo país. 

Todo este apelo tem um motivo: o temor de governo e empresários de que os agricultores locais parem o país. O que está por trás de tudo isso é a falta de competitividade do mercado francês, são produtores rurais subsidiados com grande dificuldade de competir com o agro brasileiro. 

A ministra do comércio exterior, Sophie Primas, disse que vai tentar barrar o acordo em todas as frentes, mas, sozinha, a França não pode impedir a parceria. Se 15 países, representando pelo menos 65% da população do bloco, quiserem, o tratado sai do papel. Alemanha e Espanha já demonstraram apoio. 

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