União de cartéis mexicanos e facções do Equador no tráfico preocupa autoridades

Rota da cocaína, país teve escalada recente de violência em presídio após a morte de 100 detentos em uma rebelião

Rodrigo Hidaldo, do Jornal da Band

Uma união no mundo do tráfico de drogas entre cartéis do México e do Equador está preocupando as autoridades internacionais.

O negócio bilionário provoca disputas sangrentas nas rotas de escoamento da cocaína da América do Sul para outros continentes. Uma delas acontece no Equador, vizinho da Colômbia - maior produtora da droga no mundo. No último fim de semana, uma tonelada de cocaína foi apreendida no porto de Guayaquil.

Para tentar controlar esse caminho, os mais poderosos e violentos cartéis mexicanos, que são inimigos - o de Sinaloa e o Jalisco Nova Geração, que são inimigos - têm se unido a grupos criminosos locais, que já mantêm uma rivalidade dentro e fora das cadeias.

Esse apoio dos cartéis levou a uma escalada na violência: na semana passada, mais de 100 detentos de facções rivais do Equador foram mortos durante uma rebelião em um presídio.

As autoridades equatorianas querem extraditar presos de países como Colômbia e México que ocupam os presídios nacionais para que detentos de países diferentes não fiquem misturados, o que pode ocasionar novas rebeliões.

Existe ainda a preocupação de que facções brasileiras também se já estejam estabelecidas por lá, já que há o registro da presença de integrantes do PCC e do Comando Vermelho no sul colombiano, perto da fronteira.

A estimativa é que mais de um terço de toda a produção de cocaína na Colômbia passe pelo Equador - uma média de 700 toneladas por ano.

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