Alimentos, água e remédios são distribuídos após abertura da fronteira em Rafah

Combustíveis não foram autorizados a entrar, e são eles que fazem os geradores de hospitais funcionarem

Por Felipe Kieling

Alimentos, água e remédios são distribuídos após abertura da fronteira em Rafah
Ajuda humanitária entrou pela fronteira do Egito
Reuters

Um momento de alegria em meio a tanto sofrimento. Demorou, mas enfim a tão aguardada ajuda humanitária entrou na Faixa de Gaza.

O comboio foi liderado por uma bandeira branca. Era o aviso para que caminhões não fossem bombardeados. Apenas 20 dos mais de 100 que esperam na fronteira com o Egito foram liberados para entrar.

Estavam carregados com água, comida e remédios. Dentro do enclave, a carga foi distribuída para caminhões menores para que a distribuição fosse feita aos locais que mais precisam. Veículos grandes não conseguem trafegar em meio às ruínas.

Mas essa ajuda é apenas uma gota num oceano arrasado. A ONU estima que são necessários 100 caminhões por dia para dar um mínimo de alívio a essas pessoas.

Combustíveis não foram autorizados a entrar, e são eles que fazem os geradores de hospitais funcionarem.

Chegaram 44 mil garrafas de água, o suficiente para 22 mil pessoas para apenas 1 dia. São mais de 2 milhões de palestinos.

"A gente espera, pelo menos que esse seja o começo. O mundo precisa fazer pressão para que ajuda continue chegando a Gaza", afirmou Ahmad Nassar, diretor do Crescente Vermelho em Gaza.

A incursão israelense por terra ainda não aconteceu, mas não houve trégua nos bombardeios em meio a essa ajuda humanitária. Caminhões entravam de um lado; bombas caíam do outro.

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