Filas enormes nos postos de abastecimento. Os franceses dizem que é inadmissível ter que encarar quilômetros para colocar entre 10 e 20 litros de combustível.
E a cena se repete todos os dias, desde que a greve em 6 das 7 refinarias francesas começou, há mais de duas semanas. Dois sindicatos não concordaram com o aumento salarial de 7% proposto mais um bônus entre 3 e 6 mil euros, oferecido pelos patrões. Com isso, o desabastecimento deve continuar.
A greve faz parte de série de crises que o governo Macron tem enfrentado este ano. A inflação está na casa dos 6% o que impacta principalmente nos preços de energia e alimentos. O consumidor sente o efeito nos caixas dos supermercados.
Uma greve geral está sendo convocada para a próxima terça-feira, pautada pela perda do poder de compra do consumidor. E esses movimentos grevistas não ocorrem somente aqui na França mas em todo continente. No reino unido a situação é ainda mais grave.
A inflação está nas alturas, crise energética, guerra, greve em várias categorias. O britânico olha para o futuro desanimado. Não há sinais de melhora. E os responsáveis por tomar decisões que afetam diretamente a vida das pessoas, cometem um erro atrás do outro.
Kwasi Kwarteng, ministro da economia do reino unido, caiu após apresentar um orçamento muito criticado por não cumprir a responsabilidade fiscal. O mercado reagiu com força e o valor da libra frente ao dólar derreteu.
No lugar dele assume Jeremy Hunt, ex-ministro das relações exteriores, que agora terá o enorme desafio de estabilizar o governo e, o que mais importa para os ingleses, diminuir o custo de vida.
O frio também mata. Com o preço do gás nas alturas, muita gente não vai poder ligar o aquecedor durante o inverno que se aproxima. Todos os anos, cerca de 60 mil pessoas morrem na Inglaterra por conta das baixas temperaturas. Esse número promete subir.