Em Minas, animais silvestres começaram a voltar à região destruída pelo desastre de Brumadinho, em janeiro de 2019.
Um cachorro do mato à procura de alimento. Quatis andam tranquilamente e a jaguatirica se hidrata. Tem mico estrela, paca, gavião de cabeça cinza, onça parda. Todos esses animais silvestres, afugentados depois do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, começam a retornar a seu habitat original.
Tudo é registrado por câmeras espalhadas pela área.
Para este retorno gradual dos animais, foram reflorestados mais de 12 hectares - o equivalente a 12 campos de futebol - incluindo parte da região diretamente impactada pela tragédia, além de áreas protegidas.
Para recuperar outros trechos, é preciso a liberação do Corpo de Bombeiros, que ainda buscam por nove desaparecidos.
“Depois da retirada do rejeito, a gente começa com as etapas de reflorestamento, de recuperação daquela área”, explica Cristiane Cäsar, analista ambiental da Vale.
O reflorestamento pode demorar mais de uma década.
“Esse processo de recuperação é lento, mas ele pode ser acelerado não apenas pelas ações de intervenção humana para restaurar o ambiente que foi degradado, mas também pela própria chegadas destas espécies nessa área”, afirma o ecólogo Adriano Paglia.