Após ataque em usina nuclear de Chernobyl, Reino Unido defende entrada da Ucrânia na Otan

Ucrânia acusou a Rússia, que negou o ataque

Felipe Kieling

Um drone com explosivos atingiu a estrutura de proteção do reator 4 da central atômica, nesta sexta-feira (14), que foi desativada há 5 anos, mas continua altamente radioativa por causa do acidente nuclear de 1986, o maior da história. A Ucrânia acusou a Rússia, que negou o ataque. 

Apesar do impacto, a Agência Internacional de Energia Atômica diz que não houve aumento nos níveis de radiação, o que indica que, a princípio, não aconteceu vazamento.

Na Alemanha, o presidente da Ucrânia se encontrou com o vice-presidente americano, JD Vance. Volodymir Zelensky disse que é importante ter uma garantia de segurança real para negociar um cessar-fogo, e afirmou que só irá se encontrar com o presidente russo Valdimir Putin depois que um plano para o fim da guerra for discutido tanto com EUA como com a Europa. 

A Ucrânia tem dito que não está disposta a pagar o preço colocado pelos americanos pelo o fim da guerra com a Rússia: perder parte de seu território e excluir qualquer possibilidade de entrar na Otan.

A Europa deixa claro que não concorda com a visão americana e afirma que é fundamental a entrada da Ucrânia na Otan como garantia de segurança de que a Rússia, no futuro, não tentará uma nova invasão. 

Na manhã desta sexta-feira, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, conversou com Zelensky e deu uma declaração pública defendendo entrada dos ucranianos na Aliança Militar.

Essa é uma linha vermelha que Putin já deixou claro não tolerar: a expansão da OTAN na fronteira com a Rússia. O Ocidente sabe que será difícil Moscou aceitar, mas descartar isso logo de cara é visto como um erro de estratégia.

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