Após aumento para os servidores, Governo tenta fazer o gasto caber no orçamento

Uma alternativa é segurar o dinheiro das emendas parlamentares, sem mexer nas emendas de relator

Da redação

Só falta enviar o projeto ao congresso, mas o texto já está pronto com previsão de 5% de reajuste a todo o funcionalismo a partir de julho. Questionado, o ministro Paulo Guedes disse que está tudo certo.

A ideia é reduzir a pressão dos servidores por aumento. Agentes da receita e funcionários do banco central estão em operação padrão, com alguns serviços suspensos. Mas o que era para ser uma boa notícia causou indignação entre as categorias, principalmente da área de segurança.

Mesmo se tivesse dinheiro suficiente em caixa, o governo não poderia conceder reajuste que signifique ganho real, ou seja, acima da inflação. A regra é imposta pela lei eleitoral, e vale para o período de seis meses antes das eleições até a posse dos novos eleitos.

Como falta espaço no orçamento, será preciso cortar em outras áreas. Uma alternativa é segurar o dinheiro das emendas parlamentares, sem mexer nas emendas de relator. 

A verba disponível para reajustes neste ano é de um bilhão e 700 milhões de reais, enquanto o custo previsto com o aumento só este ano é de 6 bilhões e meio.

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