Ao redor do mundo, ela é conhecida como árvore veterana, anciã. Aqui tem outro nome: Árvore do imperador. Foi o próprio dom Pedro II que levou mudas da espécie Chrysophyllum Imperiale para outros países. Um presente direto das terras tropicais. Nativa da Mata Atlântica, está fortemente ameaçada de extinção.
Por se tratar de uma árvore muito apreciada pela família real no século 19, o paisagista francês Auguste François Marie Glaziou a espalhou por vários pontos do Rio de Janeiro. O fruto de casca amarela e polpa docinha era um dos preferidos de dom Pedro Primeiro e Segundo.
Atualmente a muda é encontrada na internet por valores altíssimos, num mercado de plantas raras e exóticas.
Histórias dão conta de que na transição do império para a república todas as árvores do imperador foram cortadas dos jardins públicos, uma forma que os republicanos teriam encontrado para apagar o passado de domínio da realeza.
Restaram poucos exemplares, o único centenário catalogado em área pública no estado do Rio está no Campo de Santana.
O lugar foi palco de momentos históricos, como a proclamação da república. Apesar de ter resistido ao tempo, recentemente estava com rachaduras nos galhos. Foi preciso chegar ao topo, numa altura de 12 metros, para tentar conter os danos.
E como as páginas da nossa história, o símbolo da vegetação tropical que remonta às raízes do brasil império não pode ser apagado.