O governo quer acelerar o pagamento de emendas para diminuir a insatisfação dos parlamentares.
O governo se apressou na tentativa de acalmar o mercado: em um tom otimista, o ministro da articulação política disse que o pacote fiscal não corre riscos.
“O fato de Lula estar hospitalizado não impede o compromisso de votações no congresso para que possamos concluir o ano com regras do marco fiscal consolidada”, disse Alexandre Padilha.
Padilha já teve desentendimentos públicos com o presidente da Câmara, Arthur Lira.
Ministros apostam nos bastidores que, apesar de ter ordens médicas para descansar, Lula vai seguir acompanhando o assunto. Até porque quem bate o martelo com o comando do Congresso é o presidente.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma boa relação com o presidente da Câmara e vai atuar como bombeiro. Já a articulação com os líderes partidários e as reclamações que chegam, principalmente do centrão, serão os focos de Alexandre Padilha. A cada dia que passa, o calendário fica mais apertado para a votação das propostas.
O centrão pressiona pela liberação imediata das emendas parlamentares, dinheiro usado principalmente em obras nos redutos eleitorais dos políticos. E já diz que precisa de tempo para analisar o pacote de ajuste fiscal...
A promessa do governo agora é pagar R$ 6,5 bilhões até quinta-feira. Para as emendas Pix, prioridade do Congresso, será publicada uma portaria para apressar a liberação.
O governo quer convencer o Congresso de que não está por trás da decisão do supremo de exigir novas regras de transparência para o pagamento das emendas. O objetivo é aprovar os projetos na câmara na semana que vem.