Ausência de Lula não impedirá votação do pacote de corte de gastos, diz Padilha

O ministro da articulação política disse que a internação do presidente Lula não vai impedir a votação do pacote de corte de gastos no Congresso

Ausência de Lula não impedirá votação do pacote de corte de gastos, diz Padilha
Ausência de Lula não impedirá votação do pacote de corte de gastos, diz Padilha
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo quer acelerar o pagamento de emendas para diminuir a insatisfação dos parlamentares.

O governo se apressou na tentativa de acalmar o mercado: em um tom otimista, o ministro da articulação política disse que o pacote fiscal não corre riscos.

“O fato de Lula estar hospitalizado não impede o compromisso de votações no congresso para que possamos concluir o ano com regras do marco fiscal consolidada”, disse Alexandre Padilha.

Padilha já teve desentendimentos públicos com o presidente da Câmara, Arthur Lira.

Ministros apostam nos bastidores que, apesar de ter ordens médicas para descansar, Lula vai seguir acompanhando o assunto. Até porque quem bate o martelo com o comando do Congresso é o presidente.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma boa relação com o presidente da Câmara e vai atuar como bombeiro. Já a articulação com os líderes partidários e as reclamações que chegam, principalmente do centrão, serão os focos de Alexandre Padilha. A cada dia que passa, o calendário fica mais apertado para a votação das propostas.

O centrão pressiona pela liberação imediata das emendas parlamentares, dinheiro usado principalmente em obras nos redutos eleitorais dos políticos. E já diz que precisa de tempo para analisar o pacote de ajuste fiscal...

A promessa do governo agora é pagar R$ 6,5 bilhões até quinta-feira. Para as emendas Pix, prioridade do Congresso, será publicada uma portaria para apressar a liberação.

O governo quer convencer o Congresso de que não está por trás da decisão do supremo de exigir novas regras de transparência para o pagamento das emendas. O objetivo é aprovar os projetos na câmara na semana que vem.

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