Biden defende saída de militares do Afeganistão e culpa governo local por avanço do Talibã

“Os EUA não podem participar e morrer em uma guerra em que nem o próprio Afeganistão está disposto a lutar”, disse

Felipe Kieling, do Jornal da Band e com BandNews TV

Nesta segunda-feira (16), Joe Biden falou pela primeira vez desde que o Talibã tomou a capital do Afeganistão. O presidente americano defendeu a decisão de seu governo de retirar os militares americanos do país.

Biden fez um pronunciamento em que defendeu sua decisão de retirar tropas americanas do Afeganistão, alegando não dá para lutar “uma guerra sem fim”.

“Os EUA não podem participar e morrer em uma guerra em que nem o próprio Afeganistão está disposto a lutar”, disse citando o próprio governo do país, que ofereceu pouca resistência e o exército afegão sequer lutou em muitas ocasiões pra frear o avanço do Talibã.

Ele destacou que a missão dos Estados Unidos no país era enfraquecer a Al-Qaeda e capturar Bin Laden, e isso foi feito. Ainda disse que o projeto nunca foi de reconstruir um país e que, após 20 anos de ocupação, chegou a hora de sair.

Esse movimento começou ainda no governo Trump, que negociou com o Talibã a saída das tropas. Biden manteve a mesmo decisão. 

A guerra do Afeganistão é impopular em território americano, onde muitas pessoas perderam a vida em batalha. Enquanto a retirada das tropas era algo esperado já há algum tempo, o que chamou a atenção é a maneira como isso tem acontecido, de forma desordeira - americanos saindo ás pressas do Afeganistão - cenas que mancham a imagem da potência que é os Estados Unidos internacionalmente.

Países como China e Rússia - inimigos geopolíticos dos americanos - já sinalizaram que devem reconhecer o Talibã como a liderança do Afeganistão.

Enquanto isso, parte do povo afegão, tenta sair do país as pressas pra evitar viver sob o rígido regime do Talibã.

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