O presidente Jair Bolsonaro se reuniu com ministros nesta quinta-feira (8) na busca por uma solução para acabar com o impasse do orçamento inflado pelo Congresso.
O presidente já decidiu vetar emendas parlamentares ao orçamento. A dúvida é o tamanho da tesourada. Pelo menos R$ 18 bilhões, como defende a equipe econômica, ou R$ 10 bilhões, no máximo, como aceita o “Centrão”, bloco aliado do Governo no Congresso. As informações são do Jornal da Band.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta quinta, o líder do governo no senado pediu bom senso.
“Essa é uma discussão que tem de ser feita sem paixões, sem tecnicismos, no sentido de encontrar uma solução que seja a adequada no sentido de conciliar tanto os interesses do poder executivo como também as demandas legítimas do Congresso Nacional”, explicou Fernando Bezerra.
Mas Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, avisou: o Planalto prometeu R$ 26 bilhões aos parlamentares para obras nas bases eleitorais deles.
“Penso que todo acordo deve ser honrado na sua plenitude, de parte a parte”, lembrou o deputado.
Em jantar com empresários em São Paulo, Bolsonaro afirmou que, se não vetar parte da despesa, corre o risco de um processo de impeachment por descumprir o teto de gastos do governo. Disse também que não pode “ficar na mão do centrão”.
Paulo Guedes afirmou que cortar R$ 10 bilhões é pouco e modificar o teto está fora de questão. Bolsonaro se reuniu com vários ministros e recebeu uma sugestão intermediária: cortar pelo menos R$ 15 bilhões do dinheiro prometido aos deputados e senadores e o restante de outras fontes.