Jornal da Band

Bolsonaro sanciona orçamento de 2022 com cortes

Governo afirma que os recursos foram vetados para ajustar o orçamento às despesas obrigatórias de pessoal e encargos sociais.

Carolina Villela

O presidente Jair Bolsonaro vetou cerca de R$ 3 bilhões para universidades, saúde, reforma agrária, políticas públicas para quilombolas e indígenas, além de pesquisas cientificas, ao sancionar o orçamento deste ano.

A Fiocruz, por exemplo, perdeu R$ 11 milhões que iriam para desenvolvimento tecnológico. Já o programa de saneamento básico rural teve corte de R$ 40 milhões. O controle de desmatamento perdeu R$ 8,5 milhões. Dos 23 ministérios, 16 sofreram cortes.

O governo afirma que os recursos foram vetados para ajustar o orçamento às despesas obrigatórias de pessoal e encargos sociais.

Este é o maior orçamento da história, com R$ 4,7 trilhões, sendo que quase R$ 2 trilhões vão para refinanciamento da dívida pública.

Bolsonaro manteve o valor do fundo partidário de R$ 4,9 bilhões, mais do que o dobro das últimas eleições. Ele também reservou R$ 89 bilhões para o Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família.

O presidente manteve R$ 1,7 bilhão para reajuste do funcionalismo, sem definir a divisão do dinheiro. As emendas de relator, chamadas de orçamento secreto, foram mantidas em R$ 16,5 bilhões.

Para Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente, vai faltar dinheiro.

“São questões que preocupam porque não há definitivamente espaço para reajuste de servidores, para fazer gastos pulverizados em emendas, mas esse espaço artificial foi criado no ano passado com a chamada PEC dos Precatórios”, explicou.

O orçamento prevê ainda uma despesa de R$ 3 bilhões para contratar 43 mil novos servidores em 2022.

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