
A Procuradoria-Geral da República deve oferecer, nesta semana, denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso da tentativa de golpe.
Nesta terça-feira (18), Bolsonaro almoçou com senadores da oposição para defender a anistia aos envolvidos nos ataques do 8 de Janeiro e mudanças na lei da ficha limpa.
Jair Bolsonaro chegou ao Senado para participar do almoço organizado por parlamentares do PL e do Novo. O encontro acontece na semana em que é esperada a decisão da Procuradoria-Geral da República sobre uma possível denúncia contra o ex-presidente. Bolsonaro quer aumentar a pressão no Congresso para votar os projetos de anistia para os condenados pelos ataques de 8 de janeiro e o que prevê mudanças na lei da ficha limpa.
As propostas estão paradas na comissão de justiça da Câmara, sem data para votação. A intenção é baixar de 8 para 2 anos o tempo de inelegibilidade, o que beneficiaria o ex-presidente.
Ele está proibido de disputar eleições até 2030, depois de ser condenado no Tribunal Superior Eleitoral por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação.
Jair Bolsonaro afirmou na reunião que deve ser denunciado no inquérito que apura a tentativa de golpe de estado, para impedir o presidente Lula de tomar posse. O objetivo dos parlamentares bolsonaristas é tentar ao máximo tirar o foco dessas acusações.
A expectativa é de que o procurador-geral da República Paulo Gonet apresente ao Supremo nos próximos dias as denúncias contra o ex-presidente. Na saída do almoço, Bolsonaro disse estar tranquilo.
"Olha pra minha cara, vê se eu tô preocupado? Eu não tenho nenhuma preocupação com as acusações, zero, zero", disse Jair Bolsonaro
Se o Ministério Público decidir indiciá-lo, o ex-presidente será julgado pelo Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro já foi indiciado também por fraudes no cartão de vacinação e no caso das joias sauditas.