Como fica o Brasil no meio dessa guerra comercial? Alguns especialistas, consultados pelo Jornal da Band, dizem que país pode tirar vantagem com as exportações do agro e de produtos minerais. 

O Brasil já é um dos principais exportadores de carne bovina para os Estados Unidos e a carne brasileira pode ampliar sua presença na mesa dos americanos com a taxação das importações dos países vizinhos, que entraria em vigor amanhã, mas foi suspensa por um mês.

“Os EUA importaram US$ 7 bilhões por ano de carne do México e do Canadá e vice-versa. Se todos eles aumentam as tarifas, isso pode gerar oportunidade para vendermos para eles em um setor que somo número 1 no mundo”, explicou o professor de agronegócio do Insper, Marcos Jank. 

Outros setores, como o do aço e do petróleo, também poderão se beneficiar por aqui. São produtos que tanto Brasil quanto México e Canadá exportam para o Estados Unidos. Mas, com essas novas tarifas entre os países da América do Norte, o nosso preço deverá ficar mais atrativo.

Na guerra comercial contra China, mais uma oportunidade para o agronegócio brasileiro. Se o governo chinês reagir ao anúncio de Trump e aumentar as taxas para importações dos Estados Unidos, o produtor brasileiro deverá vender aos chineses mais grãos, como soja e milho, além de carnes em geral.

“O impacto maior seria se aumentasse em 21% as tarifas sobre a China e ela retaliar. Se isso acontecer, como foi em 2017, pode abrir mercados para o Brasil. Nós somos o maior fornecedor de produtos agro para a China”, completou o especialista.