No último domingo (9), em Belo Horizonte, antes do duelo entre Cruzeiro e Atlético, uma briga entre as torcidas rivais deixou seis feridos. Os envolvidos foram detidos e liberados.
Um dia antes, mais uma briga. Dessa vez, na capital cearense, com 115 torcedores do Fortaleza e do Ceará foram detidos. Desse total, 88 seguem presos.
No início do mês, a confusão foi no Recife, entre torcedores do Sport e do Santa Cruz, o que culminou na prisão de 13, preventivamente. Seis já tinham passagens pela polícia.
Em outubro do ano passado, uma emboscada da Mancha Verde, organizada do Palmeiras, contra a Máfia Azul, em São Paulo, deixou 17 feridos e um cruzeirense morto. A investigação mostrou que mais de 100 pessoas planejaram o ataque.
Ha vários crimes cometidos nesses conflitos, como lesão corporal, tentativa de homicídio, homicídio, além de danos ao patrimônio público. Ainda assim, a dificuldade para identificar e tipificar os crimes favorece os envolvidos, estes que acabam soltos, na maioria das vezes.
“Essas instâncias judiciais precisam tratar, do ponto de vista criminal, algumas torcidas organizadas como organizações criminosas, dentro da lei de organizações criminosas. Não há mais como lidar de uma forma mais individualizada. Não adianta mais ficar punindo um ou outro. O fenômeno está na organização. Está na cultura delas”, explicou Luís Flavio Sapori, especialista e segurança pública.