O Norte da Argentina chama a atenção dos turistas logo de cara: as paisagens exuberantes compostas de cânions e desfiladeiros com rios relembram esculturas em diferentes tons. Para compor a paisagem, o turismo de vinho de altitude é um dos pontos mais curiosos em Salta.
A região, ocupada pelo mar há 250 milhões de anos, hoje tem mais de 80 km de montanhas rochosas, transformadas em atração turística e uma rota de vinícolas a 1.800 metros do nível do mar. E é nessa região que o vinho tem um sabor especial.
Graças à amplitude térmica, que pode chegar a até 20ºC de diferença da manhã até a tarde, as uvas se adaptaram. “A uva é diferente, é menor, pequena e de pele grossa, mas com sabor e aroma concentrados”, explica Romina Acaunonuto, coordenadora de uma vinícola da região. Assim, o vinho é espesso, com cor intensa e frutado.
Cafayate é uma das regiões que mais vive o vinho, já que a bebida é o principal atrativo turístico. Tanto, que há até um museu dedicado à história, memória do vinho e uva. Foram os jesuítas que trouxeram o vinho para o local, pela necessidade da bebida na prática da religião católica.