Pelo segundo dia, o governo Lula fez, nesta sexta-feira (24), reuniões para discutir alternativas que possam baixar o preço dos alimentos. Uma das medidas pode ser a redução de impostos de importação de produtos da cesta básica.
"Nenhuma medida heterodoxa será adotada. Não haverá congelamento de preços, tabelamento, fiscalização, até brincou não terá fiscal do Lula nos supermercados, nas feiras, rede estatal de supermercados ou de lojas para vender produtos”, disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
O governo sustenta que esse é um problema mundial, principalmente em relação a itens específicos, como o café, afetado pela seca no país e pela crise na produção do Vietnã, que elevaram a demanda internacional pelo grão. O Brasil é o maior exportador mundial.
A colheita de laranjas sofreu com a seca e com uma praga que afetou os pomares dos produtores em São Paulo e Minas Gerais.
O preço da carne teve a maior alta desde 2019, com os rebanhos em recuperação depois de um ciclo de abates mais frequentes – e não há expectativa de queda.
O governo vai fazer um levantamento de produtos da cesta básica que estão mais baratos no mercado internacional do que no Brasil. A ideia é, então, reduzir os impostos de importação para conseguir trazer, em maior quantidade, para o país, mas ainda não tem data para isso.
O ministério da Fazenda acatou a proposta da Associação Brasileira dos Supermercados, e vai avançar com a ideia da portabilidade do cartão refeição e alimentação, o que pode reduzir as taxas cobradas pelas operadoras. Os varejistas preveem uma economia de R$ 10 bilhões ao ano.
"Se nós colocarmos uma concorrência ou normatizarmos essas regras com certeza nós teremos a possibilidade de reduzir drasticamente esses custos financeiros e ser automaticamente repassado para os consumidores", disse João Galassi, presidente da ABRAS, ao Jornal da Band.