Muito dinheiro vivo apreendido pelas autoridades paraguaias. As notas de dólares, reais, euros e guaranis, de acordo com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai e o Ministério Público daquele país, têm origem do tráfico de maconha para o Brasil e de cocaína para a Europa, que também passa pelo território brasileiro.
A apreensão faz parte de mais uma fase Operação Belia em cinco casas de câmbio de Assunção, a capital do Paraguai, e Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil. Além disso, uma propriedade de luxo no Departamento de Amambay foi alvo da operação.
O dono do local é Miguel Ángel Servin, conhecido como “Celular”, preso na primeira fase da Belia, em outubro do ano passado, acusado de enviar um carregamento com mais de uma tonelada de cocaína para Portugal pelo Porto de Santos.
De acordo com autoridades paraguaias Miguel Ángel é ligado ao PCC. Ele lava dinheiro para o partido do crime em troca da possibilidade de usar as rotas da máfia das drogas brasileiras para enviar cocaína para a Europa. Também há indícios de que o traficante paraguaio faria negócios com o Comando Vermelho.
A cúpula da organização criminosa comandada pelo paraguaio tem ste homens e quatro mulheres, pessoas que, de acordo com a polícia paraguaia, enriqueceram com o tráfico e, principalmente, lavagem de dinheiro.
Ao menos cinco pistas de pouso clandestinas usadas de entreposto para a cocaína que vem da Bolívia foram destruídas com explosivos.
A disputa pelo controle das rotas do tráfico internacional de cocaína ao longo da fronteira entre Brasil e Paraguai tem sido sangrenta. Em 2021, quase 200 pessoas foram assassinadas nesta guerra. Neste ano, o número de mortes já passa de 100.